terça-feira, 30 de outubro de 2012

Clarice Lispector

Clarice Lispector, nasceu em dez de dezembro de 1920,  em Ucrânia. Morreu aos cinquenta e seis anos no Rio de Janeiro. Foi romancista, contista, cronista e jornalista. De origem judaica. Clarice chegou ao Brasil quanto tinha dois meses de idade, por conta de uma perseguição dos judeus durante a guerra civil russa. Ela sempre afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia: “Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo”. Ela dizia que sua verdadeira pátria era o Brasil.
Clarice  falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Passou parte da infância em Recife. Sua mãe morreu quando ela tinha nove anos, e muitos de seus textos refletem o sofrimento que ela passou. Quando Clarice tinha 15 anos seu pai decidiu se mudar para o Rio. Com apenas 19 anos publicou seu primeiro  conto “ triunfo”. Três anos depois seu pai morre, após de uma cirurgia da retirada da vesícula biliar. Clarice se afasta de religião judaica. Conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou e não foi correspondida, já que Lúcio era homossexual, mas se tornou amiga intima dele.
Em 1943 no mesmo ano de sua formatura, casou-se com um colega , no qual teve dois filhos. Depois de algum tempo se separou do marido e voltou permanentemente pro Rio de janeiro. Em1966 ocorre um incêndio ao dormir, causado por um cigarro acesso, seu quarto fica destruído  e ela vai hospitalizada entre a vida e a morte, sua mão é quase amputada devido aos ferimentos.  Algum tempo depois da publicação do romance a hora de estrela. Ela teve câncer no ovário e faleceu no dia 9 de dezembro.
Algumas de suas obras foram laços de família, perto do coração selvagem, a paixão do segundo g.h, a hora da estrela e legião estrangeira.
 
 

Algumas frases de clarice:

Porque há o direito ao grito. Então eu grito.
Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.
Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão.
Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me
como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.

O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.
Mas quero ter a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só o errado me atrai, e amo o pecado, a flor do pecado.

Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Ela acreditava em anjo e porque acreditava eles existiam.
Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.

E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

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