Clarice
Lispector, nasceu em dez de dezembro de 1920, em Ucrânia. Morreu aos cinquenta e seis anos
no Rio de Janeiro. Foi romancista, contista, cronista e jornalista. De origem
judaica. Clarice chegou ao Brasil quanto tinha dois meses de idade, por conta
de uma perseguição dos judeus durante a guerra civil russa. Ela sempre afirmava
não ter nenhuma ligação com a Ucrânia: “Naquela terra eu literalmente nunca
pisei: fui carregada de colo”. Ela dizia que sua verdadeira pátria era o Brasil.
Clarice falava vários idiomas, entre eles o francês e
o inglês. Passou parte da infância em Recife. Sua mãe morreu quando ela tinha
nove anos, e muitos de seus textos refletem o sofrimento que ela passou. Quando
Clarice tinha 15 anos seu pai decidiu se mudar para o Rio. Com apenas 19 anos
publicou seu primeiro conto “ triunfo”. Três
anos depois seu pai morre, após de uma cirurgia da retirada da vesícula biliar.
Clarice se afasta de religião judaica. Conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por
quem se apaixonou e não foi correspondida, já que Lúcio era homossexual, mas se
tornou amiga intima dele.
Em 1943 no
mesmo ano de sua formatura, casou-se com um colega , no qual teve dois filhos. Depois
de algum tempo se separou do marido e voltou permanentemente pro Rio de janeiro.
Em1966 ocorre um incêndio ao dormir, causado por um cigarro acesso, seu quarto
fica destruído e ela vai hospitalizada entre
a vida e a morte, sua mão é quase amputada devido aos ferimentos. Algum tempo depois da publicação do romance a
hora de estrela. Ela teve câncer no ovário e faleceu no dia 9 de dezembro.
Algumas de suas
obras foram laços de família, perto do coração selvagem, a paixão do segundo
g.h, a hora da estrela e legião estrangeira.
Algumas frases de clarice:
Porque há o
direito ao grito. Então eu grito.
Com todo
perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.
Eu não sou
tão triste assim, é que hoje eu estou cansada
Renda-se,
como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se
preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Até cortar
os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que
sustenta nosso edifício inteiro.
Liberdade é
pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Suponho que me
entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em
contato... Ou toca, ou não toca.
Não tenho
tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.
Passei a
vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
O que obviamente
não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado,
do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça
no chão.
Não é que
vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego
ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e
vacilantes. Mas equilibro-me
como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens,
entre mim e o Deus.
O que é
verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.
Mas quero
ter a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só
o errado me atrai, e amo o pecado, a flor do pecado.
Estou
bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Ela
acreditava em anjo e porque acreditava eles existiam.
Vocação é
diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se
ser chamado e não saber como ir.
E se me
achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.
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